O felino vira-lata Chachá espera Muffin, uma Lhasa Apso, todos os dias na portaria do prédio.
Todos os dias às 5h20, faça o tempo que fizer, eles têm um encontro marcado. O gato vira-lata Chachá, que mora na rua, e a Lhasa Apso Muffin se encontram na porta do prédio onde a cachorra mora na Aclimação, zona sul. Depois de um cumprimento no qual um encosta o focinho no outro, eles saem juntos para passear pelas ruas do bairro.
A assistente administrativa Maria do Carmo Raspanini dos Santos, de 54 anos, dona da cadela, leva Muffin na corrente enquanto Chachá as acompanha livremente pelas ruas. O trio anda cerca de meia hora. Quando vai atravessar alguma rua mais movimentada, a proprietária de Muffin pega o gato no colo. “Tenho medo que seja atropelado”, conta.
Chachá começou a participar dos passeios há cerca de um ano. “De repente ele passou a nos seguir e agora não abre mão da caminhada. No bairro, muitas pessoas já brincam comigo dizendo que lá vem a mulher do cão e do gato”.
Gordo e rajado, Chachá às vezes para no meio do caminho. Faz uma gracinha, rola pelo chão de barriga para cima, afia as unhas nas árvores mas não perde de vista Maria do Carmo e a cachorra. Quando se atrasa, dá uma corridinha para alcançá-las. Outras vezes, decide descansar nas calçadas. A dupla então o espera e o passeio segue enquanto clareia o dia.
Muffin, de 8 anos, e Chachá viveram um amor à primeira vista. Há quatro anos, Maria do Carmo se mudou para o atual prédio e o gato já morava pelas ruas do bairro. Assim que ele e a cadela se encontraram, fizeram carinho um no outro e desde então demonstram contentamento quando se veem. “Isso me surpreendeu muito porque ela nunca gostou de gatos. Esse é o único com quem se dá bem e respeita”, conta Maria do Carmo. Em todo esse tempo, o felino só faltou um dia à caminhada. Ninguém sabe por onde andou. Só apareceu no final da tarde deixando a vizinhança apreensiva.
A vizinha de Maria do Carmo, a professora aposentada Neuza Perina Bissoli Ciocheti já alimentava Chachá. “Um dia ele apareceu aqui na rua. Com certeza foi abandonado pelo dono porque já era castrado”, diz Neuza que coloca uma cadeira em seu terraço para Chachá descansar e passar à noite. Ele aceita a oferta mas não gosta de entrar dentro da casa. “Não gosta de se sentir preso”.
Mas às 5 horas em ponto, o bichano se levanta e vai para o prédio de Muffin. Fica sentado em frente à portaria de olho na saída do elevador até Muffin e a dona aparecerem. Assim que as avista, se joga no chão. Maria do Carmo o alimenta com ração que ela e a vizinha compram. Algumas vezes, ele é alimentado após o passeio. “A amizade desses animais é um exemplo de harmonia e de respeito que nós humanos muitas vezes não conseguimos”. Foi ela quem batizou o gato. “Gosto muito do seriado do Chaves , passei a chamar o gato de Chachá e pegou.”
A assistente administrativa Maria do Carmo Raspanini dos Santos, de 54 anos, dona da cadela, leva Muffin na corrente enquanto Chachá as acompanha livremente pelas ruas. O trio anda cerca de meia hora. Quando vai atravessar alguma rua mais movimentada, a proprietária de Muffin pega o gato no colo. “Tenho medo que seja atropelado”, conta.
Chachá começou a participar dos passeios há cerca de um ano. “De repente ele passou a nos seguir e agora não abre mão da caminhada. No bairro, muitas pessoas já brincam comigo dizendo que lá vem a mulher do cão e do gato”.
Gordo e rajado, Chachá às vezes para no meio do caminho. Faz uma gracinha, rola pelo chão de barriga para cima, afia as unhas nas árvores mas não perde de vista Maria do Carmo e a cachorra. Quando se atrasa, dá uma corridinha para alcançá-las. Outras vezes, decide descansar nas calçadas. A dupla então o espera e o passeio segue enquanto clareia o dia.
Muffin, de 8 anos, e Chachá viveram um amor à primeira vista. Há quatro anos, Maria do Carmo se mudou para o atual prédio e o gato já morava pelas ruas do bairro. Assim que ele e a cadela se encontraram, fizeram carinho um no outro e desde então demonstram contentamento quando se veem. “Isso me surpreendeu muito porque ela nunca gostou de gatos. Esse é o único com quem se dá bem e respeita”, conta Maria do Carmo. Em todo esse tempo, o felino só faltou um dia à caminhada. Ninguém sabe por onde andou. Só apareceu no final da tarde deixando a vizinhança apreensiva.
A vizinha de Maria do Carmo, a professora aposentada Neuza Perina Bissoli Ciocheti já alimentava Chachá. “Um dia ele apareceu aqui na rua. Com certeza foi abandonado pelo dono porque já era castrado”, diz Neuza que coloca uma cadeira em seu terraço para Chachá descansar e passar à noite. Ele aceita a oferta mas não gosta de entrar dentro da casa. “Não gosta de se sentir preso”.
Mas às 5 horas em ponto, o bichano se levanta e vai para o prédio de Muffin. Fica sentado em frente à portaria de olho na saída do elevador até Muffin e a dona aparecerem. Assim que as avista, se joga no chão. Maria do Carmo o alimenta com ração que ela e a vizinha compram. Algumas vezes, ele é alimentado após o passeio. “A amizade desses animais é um exemplo de harmonia e de respeito que nós humanos muitas vezes não conseguimos”. Foi ela quem batizou o gato. “Gosto muito do seriado do Chaves , passei a chamar o gato de Chachá e pegou.”
MARICI CAPITELLI
Fonte: AQUI