O homem moderno precisa aprender a destruir as tensões da vida diária, do contrário as tensões o destruirão.Precisa aprender a ceder às pressões e aos esforços como uma árvore cede ao vento e retorna à sua posição ereta depois que passa a tempestade.
Primeiro, ele relaxa a mente com pensamentos de paz, de quietude e sossego. Visualiza um lago plácido entre pinheiros sussurantes e coloca-se em harmonia com a disposição tranquilizadora da Natureza.
Esforça-se por manter uma serenidade interior, de modo a não perder o controle, ainda que no meio de um torvelinho de atividade.
Relaxa o corpo imitando uma pessoa indolente - um menino ao sol na praia, um homem pescando num barco. Segue o conselho do palhaço de circo que diz que evita ferimentos em seus tombos fazendo do corpo "uma velha boneca de pano".
Faz exercício - anda, espreguiça-se, trabalha no jardim, joga golfe - pois sabe que o cansaço físico convida ao relaxamento e ao sono.
Ele sabe que a confusão é uma das principais causas da tensão, por isso organiza seu trabalho, põe em primeiro lugar as coisas mais importantes, faz uma coisa de cada vez, evita a pressa e cria amplidão mental.
Usa constantemente a beleza balsâmica da boa música para acalmar os nervos.
Observa que um sorriso é símbolo da descontração e aprende a não se levar muito a sério e a rir de si mesmo de vez em quando.
Dedica algum tempo à meditação. Aceita o sábio conselho de Emerson, que escreveu: "Coloca-te no meio da corrente de força e sabedoria que anima todos os que nela flutuam e serás impelido, sem esforço para a verdade, o direito e um perfeito contentamento."
Wilferd A. Peterson
Trecho do livro "A Arte de Viver" 1960/1961